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Manipuladores (cuidado, você pode ser uma vítima!)



Lidar com pessoas manipuladoras é uma das experiências mais desgastantes (e perigosas) para nossa saúde mental e emocional. No início é difícil reconhecer que estamos entrando em um caminho turbulento. Na verdade, temos ilusão de achar que esse tipo de coisa só acontece com os outros e, assim, tentamos ignorar ou normalizar os sinais que vamos recebendo.


E, assim, deixamos de ouvir os alertas da nossa intuição, mesmo com demonstrações de comportamentos estranhos e abusivos. Pessoas manipuladoras, consciente ou inconscientemente, desejam controlar o outro e moldar as situações exclusivamente a seu favor. As vezes esse comportamento pode ser fruto de uma história de vida construída com base em experiências de baixa autoestima, medo de rejeição ou mesmo de padrões aprendidos ao longo do desenvolvimento, tendo vivenciado em sua criação uma relação igualmente manipulada.


Outras vezes, podemos estar diante de pessoas narcisistas e aí as coisas ficam ainda mais complicadas.


Para reconhecer uma pessoa manipuladora é preciso prestar atenção a algumas características e comportamentos como uma visão de mundo distorcida (que não vê limites ou consequências em usar o outro), o emprego de mentiras e enganos constantes, dissimulação, culpabilização dos outros como origem dos seus sentimentos e ações, chantagem emocional e tentativa de isolar a vítima de outras pessoas e espaços, de modo a exercer um maior controle sobre ela. Vejamos três exemplos de personalidade manipuladora:


Hiperbólicos: Para controlar o outro ou obter o que desejam, aumentam exageradamente a importância das suas ideias, sentimentos e projetos, usando expressões intensificadoras como: “isso será revolucionário”, “vai tremer”, “vai parar tudo”, “o maior”, “o melhor”, tudo isso da forma mais vívida e teatral possível. E, para atrair as suas vítimas, fazem com que elas acreditem piamente na ilusão de que elas estão ou estarão conseguindo se beneficiar da sua presença.


Coitadistas: Tentam controlar o outro por meio da compaixão. Geralmente sempre se apresentam como fragilizados, adoentados ou prejudicados pelos outros. Costumam repetir um roteiro criado como uma história de vida na qual se colocam como vitimas de tudo e de todos, mas também simulam sintomas e comportamentos que ativem a compaixão da vítima, prendendo-a no simulacro. Para dissimular, lançam mão de expressões como: “não quero te incomodar”, “estou te dando trabalho né”, “só você para me fazer melhorar”.


Exclusivistas: Para esses você não tem mais nada a fazer no mundo do que a obrigação de lhes dar atenção. São dominadores e invasivos, tentando desautorizar a vítima do controle dos seus gostos, decisões e do próprio tempo e leva-la a um estado de despersonalização, pelo qual ela só existe se vinculada ao manipulador ou pelo que ele estipula como padrões. Lembrou daquela pessoa que te manda um milhão de mensagens por dia e te cobra agressivamente a sua falta de respostas a cada uma delas no mesmo instante?


Por isso, é preciso saber reconhecer os sinais precocemente, afinal, manipuladores em geral trabalham para que as vitimas se sintam culpadas pelas consequências daquilo que eles causam. Com o tempo, as vezes por acomodação, você pode dar ao manipulador cada vez mais terreno, até que o dano em sua saúde física, mental e emocional seja devastador. Já ele apenas pulará para outra vítima.

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